No dia 29 de setembro de 2006, o voo 1907 da companhia aérea Gol ia de Manaus a Brasília, quando colidiu com um jato Learjet Legacy, que estava em rota de Miami a São Paulo. O acidente ocorreu no norte do Brasil, em plena Floresta Amazônica.

O Learjet Legacy, de fabricação brasileira, tinha a bordo dois pilotos americanos, que imediatamente tentaram avisar o controle de tráfego aéreo sobre a colisão. Porém, o acidente aconteceu tão rápido que não houve tempo hábil para suavizar o impacto. Os pilotos do jato conseguiram fazer um pouso forçado na base aérea de Serra do Cachimbo, enquanto o Boeing 737-800 da Gol caiu em uma área remota da floresta.

As equipes de resgate foram enviadas imediatamente para o local do acidente, mas a tarefa de buscar sobreviventes era complicada, pois não havia acesso por estrada ou trilhas e a região era de difícil acesso. As equipes tiveram que usar helicópteros para levar as vítimas até os hospitais.

O acidente deixou um saldo de 154 mortos, entre passageiros e tripulantes. Esse foi o maior desastre aéreo da história do Brasil e um dos maiores desastres aéreos da América Latina.

A investigação sobre as causas do acidente mostrou que houve uma falha de comunicação entre os controladores de tráfego aéreo, que não conseguiram avisar a tempo da rotação do avião da Gol em relação ao jato Legacy. Essa falha foi determinante para a colisão. Além disso, havia uma diferença de altitude entre os dois aviões, o que também contribuiu para o acidente.

As famílias das vítimas do acidente lutaram por anos para que fossem apuradas as causas e identificadas as responsabilidades. A Justiça brasileira condenou em primeira instância os controladores de tráfego aéreo, os pilotos do jato Legacy e os fabricantes do avião brasileiro. Porém, a decisão foi revista em outras instâncias, e muitas das condenações foram anuladas, deixando um sentimento de impunidade às famílias das vítimas.

O acidente de 2006 – Crash: No Limite, ficou marcado na história como um dos maiores desastres aéreos da América Latina e trouxe à tona a importância da segurança na aviação civil. A despeito das dificuldades enfrentadas pelas equipes de resgate e das mortes ocorridas, histórias de sobrevivência e resgate se destacaram naquele dia trágico e mostraram a grandeza do espírito humano em situações extremas. O acidente evidenciou ainda a necessidade de investimentos em tecnologia de segurança e em capacitação de profissionais para evitar que tragédias como essa voltem a acontecer.